sexta-feira, 29 de julho de 2016

A tua boca


Há um momento louco em que
a garganta
simplesmente seca.

Nunca fui o mestre das palavras,
os olhos fixam tua boca tão linda
tão minha, eu diria,
só falta eu te beijar.

Beber o teu espírito,
sugar tua matéria.

Tudo fica num “boa tarde,
tudo bem?...”

Tudo bem uma pinoia!
Paranoia! Sanguessuga!
Arranca minha pele de cordeiro
depois não aceita o lobo mau?!

Bau, bau!
Fica com tua boca à boca pequena,
porque nas bocas dos cais de Santos
eu vou dizer, pescador,
que fisguei um beijo teu.

E que você gostou,
que sorriu, me matou
mais uma vez...

CRiga.


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