Água pura, água
ardente,
sinto
muito, não mais sinto.
Um copo
d’água, um vinho barato –
a gente
paga é muito caro,
quando
aposta sem paixão.
Água
salgada, lágrima do sol,
a gente se
perde, se esquece de viver.
Água aos
sedentos que pedem alento,
amor aos
enganados que bebem solidão.
Água de
beber, de lavar o rosto cansado.
Amor de
enlouquecer,
de lavar a
alma que bóia,
num mar de
desilusão.
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