Há dias que
não adianta
a porta de
emergência, tentar fugir.
Virar o
lado B do disco riscado
se a
vontade é repetir e repetir
aquela
mesma velha canção.
Apenas ecos,
“Você é
minha, não é?
O que
aconteceu?”
Corpo fino
preso à cintura solteira,
os braços dele
eram um só desespero
sem tempo,
o dia implacável
já queria
invadir a casa.
Quis apenas
ver seu rosto tão lindo
naquela
velha cozinha escura.
Pra todos
os efeitos da poesia,
não havia
escamas prateadas
espocando
no ar, mares de juventude...
Nem duração
enquanto eterna,
nem pito no
infinito,
nem o
morango que não leu mofado
nos lábios
do triste namorado.
Havia
apenas ela nos braços
e um querer
com pena se desvencilhar
do desejo
de um intruso
antigamente.
Houve um
nunca mais o sal da idade
agora salgada
em meros tempos
imemoriais.
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