quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Sangue nos zóio


Há um muro
de olhos com sangue
concreto de orelhas
caindo aos pedaços.

Um muro cego
às minhas letras.
Um muro surdo
às minhas lamentações.

Uma barreira não intransponível,
mas eu quero me fazer visto,
quero me fazer ouvir.

Quero? Não...

Apenas me deixar passar
guardando os brincos e a água mineral
pra velha segunda festa –
aquela em que precisam das minhas palavras
escritas e faladas
num discurso de embelezar.


CRiga.

Sobras do peru


Não se contamine, se entregue
à doçura de ser ignorante!

Não se dê o não,
não se dê o trabalho
de arrumar trabalho
sarna pra se coçar.

Não há mais tempo pra isso, rapaz
a gente não vive pelo az de ouro
e sim pelo rei da jogada.

Vá dizer à sua amada
que a viagem sim está marcada,
não decepcione aqueles olhos
que te reconhecem mais que a ti mesmo.

Águes as plantas que gostam de ti
aqui,
e prepare-se para sorrir
àquela linda Jurema de Curitiba
que um dia resolveu ressuscitar -

todos podem não querer 
morrer assim de véspera.


CRiga.

Me erra


Tem dias que dói mais.
Parecem aqueles dias
quando eu só queria ouvir
o som do silêncio.

A culpa é só tua, só.
Você sabe que há dias
tempos
que puxar conversa
é puxar pedra morta
pedra solta
não queira me guardar no teu anel.

Quero correr não há espaço
nesse apartamento que preciso ficar.
Finja que não existo
nesse seu estranho amor
que você ainda tem pra dar.

CRiga.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Miolo mole


Você vai se sujar,
converse com esse menino perdido.

Mais vale um almoço solitário
talvez ler uma ou duas crônicas
do livro comprado no sebo
por impulso.

Esta solidão de fim de ano
mistura-se ao medo do novo.
Eu sou um bêbado sem rumo
no calor escaldante desta cidade.

Nada acontece, nem aconteceu
e eu aqui
decorando a oficina do diabo.


CRiga.

Agulha no palheiro


É engraçado porque a chuva cai
como um luto incrustado.
Só ela cai
não há mais nada que a vontade
de uma poesia pra gente lamentar.

Mas reli teus passos macambúzios
e os mais desbravadores também,
com adjetivos que nos fazem metais
contra as nuvens mais cinzentas.

A poesia é dele
mas serve pra você também.

Pra você entender que as palavras bastam
pra deixar rolar a lágrima
da mais (das mais incompreensíveis)
simples tradução.

(depois de ler “Música”, de Carlos Drummond de Andrade)

CRiga.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

...o infinito!


Enquanto digo que leio Drummond
acho que você lê nos meus lábios
que eu queria mesmo
era roubar um beijo teu.

Roubar, não...
Talvez entre o pronunciar de “pito”
e “infinito”,
apenas capturar o teu rosinha batom
num toque (ainda) sem o desejo da carne.

Depois, emprestaria o livro
com a condição de nunca me devolveres
se não quiseres que eu capture novamente
aquele teu beijo antes do infinito.


CRiga.

Samba do sabonete


Você só me deixou
o fiozinho do sabonete,
e eu sei por que
eu sei o que você quer.

Você quer
que eu te peça perdão,
só daí então
um novo sabonete.


CRiga.

Púbere ventura


Enquanto ganham a vida
com simples ar de cachoeira
na grama que se rola
se enrola, fuma-se!

A gente se enrola mais
e os planos que a gente faz
são pra no máximo no máximo
um depois de amanhã talvez...

Enquanto a gente se reconhece,
a gente se vê - envelhece!
Vai até onde se avista 
o pagamento à vista nos segurar.

Parcelas são migalhas de um sonho.
Eu preferiria não ter idade
pra sonhar tão alto com um abrigo
onde ninguém possa me abalar.


CRiga.


quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

1º de janeiro


Vou sair, sarar
armar a arma de flores
da alma, vou precisar
cair, levantar
encarar com calma
as dores, vou reinventar
as cores da aquarela
vou escapar da cela
encapar um novo caderno
azul, de novo arriscar
um verso que seja
um verso de amor,
vou sair, vou sarar
alimentar a alma cansada
amar com a calma
de recomeçar.

CRiga.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Eu me tornei um zumbi


Palavras que saem, raramente,
são pra cuidar do teu espírito.

Quando muito, apenas o lamento
da pedra que me tornei 
no teu caminho,
onde matei nosso Drummond.


CRiga.


O idioma do desejo


Não adianta chorar
sobre a bebida derramada
na noite dos cantores.

Bebida doce,
e a menina enrolava a língua
num púbere castelhano
e num inglês de pop sueco
moreno latino americano.

Nem teve a chance
de enrolar a língua
também por doce embriaguez!

Não adianta se desculpar
pela espanhola derramada
entre os beijos, línguas
que não queriam tradução.

Queriam apenas a luta ardente,
entre as bocas, o desejo –
único idioma então corrente.

CRiga.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Cigana


Não poderás mais escrever poemas, pois tuas mãos ficaram entre as minhas pernas, e dentro de mim compunha o que poeta nenhum ainda conseguira descrever em palavras.

Não poderás mais cantar tuas canções, por tua língua ficou nos bicos dos meus seios, na minha língua, nos meus lábios, boca, pescoço, peitos, ventre, púbis, até a eternidade!...

Não poderás mais ver o pôr-do-sol, pois teus olhos viram meu espírito viver no teu corpo, sentir a tua carne, e chorar de prazer quando me tocavas, e de tristeza quando partias.

Tenho certeza, não poderás mais nada. Por isso sei que voltarás, pra buscar tudo o que te pertence. Inclusive eu.


CRiga.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Você precisa decorar aquela velha canção


Há um céu azul de nuvens desintegradas, morrendinho, o sol tá indo pro Japão.

É quando a gente torce pro sol ficar mais um pouquinho e dar mais uns acordes no imaginário violão.

Mas vai ficando escuro, aos poucos, e a noite faceira dá aquele sorrisinho de tou chegando…

É quando pinta a dúvida se você nasceu pro dia ou pra noite…

Mas logo vem o veneno: aquele ar difuso, aroma cortante na brisa fresca, musical, que nunca vai te agredir, nunca vai deixar de sorrir feito figura de mãe te sorrindo na lua.

É quando a rua começa a te chamar, colega, amiga, amante! E você vai, sem pressa, sem compromisso, criança tateando aprendendo a andar, cair, levantar de novo, sorrir, cantar, sorver, amar por um segundo, chorar, tomar o sorvete e a água da madrugada, e finalmente se acalmar.

Algo parecido com sono vem te perturbar. E você reluta, nunca a tarde dessa noite vai te derrubar! E você levanta, dança feito louco na avenida vazia, até queria ouvir alguém buzinar. Amigos cantam uma velha canção, você não sabe a letra inteira, mas acompanha no refrão.

É quando você vê mudar aos poucos a cor do asfalto. Mais claro, algumas poças denunciam uma luz que não a dos postes amigos de apoio. E como você fazia tempo não olhava mais ao céu, resolve conferir se a ampulheta ainda corre na lua e nas estrelas - mas um azulzinho marinho insiste em desbotar a noite.

O sol começa a gargalhar na sua cara, soberano, vencedor. Pra você acabou, meu chapa, o português já tá assando a primeira levada de pão.

É quando você vira de lado, vê a motinha pipocando na esquina, entregando os jornais com as notícias de ontem. Mas, como sempre nunca derrotado, você toma de volta do universo louco a ampulheta parada, sequestrada. E num gesto a la mais doce revolución, fincado último soldado da trincheira, vira de novo a areia correndo a vida tudo de volta:

Cadê o violão do novo luau? Cadê a letra daquela velha canção que você ainda precisa decorar?!...


CRiga.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

A cicatriz que diz


Mergulhe em si e crave as unhas
no touro que corre desenfreado
galopando a noite escura da tua alma.

Encare os olhos vermelhos
e cometa o ato necessário:
faça sangrar, mas não o mate
nem queira tornar-se amigo.

Arranque das entranhas do feroz
a energia pra gritar nos versos
todas as suas verdades –  
as mais maldosas também.

Serás finalmente poeta
dono das tuas letras
ferida aberta
futura bela cicatriz.


CRiga.

A carne


Grita incita provoca mata
ao sol, à sombra, distraída.

Proibido o toque.
Só comer com os olhos.

CRiga.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Clichê de guerra


Engraçado lamentar
e não pedir desculpas.

Engraçado retaliar com cogumelos,
matar quase mil vezes mais
que os mortos do porto de pérola.

Engraçado fazer guerra
e nunca aprender com as mazelas dela.

Engraçado.
É mesmo de morrer de rir.

Tão engraçado
que fazer lirismo
seria piada sem graça.


CRiga.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Ensaio de ternura

(fotos de Flávio Costa)
Vivo como que finjo – 
as histórias que contei
irão se perder no pó das gavetas.

Não farei história.

Finjo que tudo bem –
as memórias que forjei
são meros melodramas
que não convencem mais ninguém.

Não quero convencer,
talvez apenas o reconhecer.

E este "apenas" é muito, então – 
sei que as parcas letras
não assinaram teu diploma,
e o terno, na goma,
não é aquele mesmo que descrevi um dia.

Apenas um dia quente
lá naquele Planalto Central.

Não adianta lembrar-te a história.
Antes daquela tempestade
era o dezembro uma terna despedida –  
“até um dia, por aí...”

Apenas um dia de chuva
aqui no Centro de Barueri.

CRiga.



terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Não deixe aquela ideia de poesia fugir!


Está ali,
ao lado do sofá
que a gente já não curte mais.

Cerca,
entrou no vaso vazio,
preciso comprar uma flor.

Mata,
correu pra trás da cama,
não durmo nunca mais com você!

Está no quarto das crianças,
corre, brinca, elas vão correr
atrás de você também.

Não deixa passar pela sala
sem perceber,
fiz meu cabelo só pra você...

Não joga fora assim,
você pode me machucar.

Queima então,
mas dois peguinhas só.

Desarma a ratoeira,
não precisa mais
depois de tanto tempo,

faz tanto tempo que te amo!

CRiga.



Calça curta


Visto-me da carranca
arte melancólica
que assusta meus meninos.

Ninguém me deve nada
um vintém sequer
ainda mais uma explicação.

Visto-me pro trabalho
a arte hoje falha
a letra encalha num botão.

“Alguém cantando
é bom de se ouvir”,
já longe está o surdo grão-vizir.

Visto-me do que me resta.
A arte é honesta, se cala
e me deixa assim – ridículo!


CRiga.

Rua da Justiça


César vinha sem motorista naquele dia. Já não bastava ter que acordar mais cedo, tinha que ir dirigindo até o endereço dado pela secretária nova, às seis da manhã, pelo celular. “Seu César, aqui é a Odete. O endereço daquela reunião importante é rua da Justiça, número 410. Tenha um bom dia”, dizia a mensagem da caixa postal.

“Que saco! Que saco! Se não fosse tão importante mesmo a reunião, deixaria para o meio da semana, não para uma segunda-feira. Porra, se não valesse tanta grana, eu não pensaria duas vezes em mandar esses argentinos tomar no cú”, ia pensando César ao volante, dentro de seu carrão com ar condicionado, modelo novo.

Parou mesmo na rua, não havia estacionamento. Logo que saiu, um negrinho, no máximo dezesseis anos, lhe abordou:

– Posso olhar aí, meu senhor?
– Olhar? – perguntou César, com o olhar de cima a baixo no negrinho.
– Tomo conta na boa, sou honesto, e o senhor me paga quanto puder.
– Olhar? Pra quê? Não, não, vai saindo, não quero saber de ninguém olhando meu carro. Não precisa não.
– Só uma moeda, senhor... Minha família tá passando fome...
– Todos vocês dizem a mesma coisa. Não quero saber, problema seu. E nem pense em encostar a mão no meu carro, neguinho, senão chamo a polícia, entendeu?!

Saiu com pressa, e o negrinho ficou ali, parado, com olhar perdido. “Filho da puta”, falou baixo. “Granfino filho da puta! Não custava nada! Não custava nada...”, pensava, quando uma única lágrima, seca, escorreu na pele negra do garoto.

César foi procurar o número. “Porra, que numeração e essa? Cadê o número?! Cadê o número?!”. Foi de ponta a ponta na rua, pensando ser mesmo problema da numeração. A rua, de mão única, era grande, estreita, vários carros estacionados nos dois lados. No meio, ia subindo aos poucos, sumindo aos olhos e morrendo na avenida principal do centro da cidade. César levou uns vinte minutos procurando o número, que não achou. “Caralho! Caralho! Essa vaca dessa secretária, que incompetente. Logo de cara já faz cagada. Burra! Burra!”. Tinha esquecido o celular no carro. Quando chegou, notou que o pneu estava não somente furado, mas rasgado, provavelmente por uma faca. “Preto filho da puta! Cadê você?! Você tá fudido, seu filho da puta!”, pensou com ira.

Logo viu o negrinho sentado numa guia, cabeça baixa, brincando com um graveto que caíra de uma árvore velha. Enquanto barrava a passagem de formigas, um sapato bico fino, bem lustrado, esmagou as formiguinhas.

– É esse aí, seu guarda!. Pode levar esse filho da puta, foi ele quem rasgou o pneu do meu carro!

O negrinho não teve nem tempo de perguntar o que acontecia, e foi logo agarrado pelo braço e levado à delegacia. César foi junto pra se certificar que o negrinho seria preso e tomaria uma dura. “Senão eu mesmo dou umas porradas nesse preto filho da puta”, pensava.

Na delegacia, perguntou o delegado:

– Nome? – o negrinho não respondeu.
– Não tem nome, não, ô pivete? Vai falando, senão encrenca pro teu lado!
– Não fiz nada. Não fui eu, não – respondeu o garoto.
– Não perguntei isso, pivete. Quero saber seu nome, vai falando, vai falando!
– Gabriel...
– Nome de anjo e jeito de capeta! – falou César.
– Sou honesto! Nunca roubei ninguém não senhor! – respondeu, assustado, Gabriel.
– Quantos anos você tem, garoto? – perguntou o delegado.
– Quinze – respondeu Gabriel.
– Conversa, delegado! Esse aí já é maior! Dá umas porradas na cara dele, já é homem, não é?! Na hora que furou o pneu foi bastante  homem, mas foi burro de marcar touca na rua, neguinho! – falou César.
– Calma aí, meu senhor. Ninguém tem prova aqui, e se ele for menor a coisa fica diferente! – retrucou o delegado.
– Tenho quinze, moço, e não fiz nada. Tava só esperando outro carro pra cuidar e receber um trocado pra minha mãe. Sou honesto! Nunca fiz nada de errado, moço!
– Fica na sua, pivete! Por que então você rasgou o pneu do carro do moço aí? – questionou o delegado.
– Não fiz nada, não fui eu, não fui eu!
– Quem foi então? Um fantasma? Só tava você ali na rua, pivete, e nem teve cara de fugir! – disse o delegado.
– É isso aí, prende esse filho da puta! – reforçou César.
– Não fui eu, eu não fiz nada, não, moço, você não pode me prender!... – se desesperava Gabriel.
– Prende sim! É bandido, tem que ficar na cadeia pra aprender. É marginal. Prende e dá umas porradas pra ele aprender! – gritava César.
– Peraí, meu senhor! Não é assim, não, Já falei, não funciona assim! Além de ninguém ter prova, o menino pode ser menor. Aí muda tudo – respondeu o delegado.

César chamou de lado o delegado, Abriu a carteira, tirou um maço de notas novinhas, e disse:

– É bandido, tá entendendo. Me fudeu a vida desde que apareceu no meu caminho hoje, deu tudo errado, e ainda furou o meu pneu. Prende ele! Prende ele!
– Peraí, meu senhor...
– Peraí nada! Toma logo a grana e bota esse filho da puta atrás das grades!

Voltaram os dois pra mesa.

– Jaimeee! Leva o garoto pra cela três, junto dos outros suspeitos – ordenou o delegado.
– Não! Não! Eu não fiz nada, moço, pelo amor de Deus! Minha mãe tá me esperando! Eu não fiz nada! Me larga! – desesperou-se Gabriel.

O garoto foi levado à cela, e César saiu ainda sério da delegacia, com seus óculos escuros modelo europeu. “Delegado filho da puta! É tudo igual, só funciona com dinheiro na mão. Se não sou eu pra fazer prender aquele bandido”.

Quando chegou ao carro, lógico, o pneu ainda rasgado. Abriu a porta para pegar o celular. “Porra, nenhum borracheiro nessa merda de endereço errado! Nunca troquei pneu na minha vida”. César então viu um rapaz, bem distinto, que vinha em seu caminho. Ele era branco, alto, magro, se vestia bem, olhos claros, mas vermelhos.

– Por favor, você pode me ajudar, rapaz? – perguntou.
– Claro, claro, o que foi? – respondeu o rapaz.
– O pneu, fur... – nem completou a frase, e foi empurrado pelo jovem.
– Eu só quero grana! Só tua grana, mais nada! Tou precisando de mais droga. Me dá a grana – dizia o rapaz, nervoso e descontrolado, com uma arma na mão.
– Que é isso, calma aí... – tentava César.
– Calma o caralho. Rápido, é só a grana que eu quero, mais nada. Vai, grana pra mão, desgraçado, antes que eu te pique a bala! – dizia o rapaz, cada vez mais nervoso.
– Tudo bem, tudo bem... Calma aí, deixa eu pegar minha carteira...
– Eu pego, filho da puta, não me sacaneia! – gritou o rapaz, metendo a mão no paletó de César – Não tem nada nessa porra, seu filho da puta! Cadê a grana?! Cadê a grana?!
– Peraí, olha, eu tinha muito dinheiro aí – César lembrou-se que todo seu dinheiro tinha ficado com o delegado – Peraí, vamos conversar com calma...

Era um revólver trinta e oito, carregado com oito balas. Pelo menos cinco devem ter arranhado a lataria do carrão novo de César. O resto foi direto na peito e na cara dele.

Depois dos estampidos de bala, César chegou a pegar o celular tocando no banco. Não deu tempo de atender: era a secretária nova, que deixou outro recado na caixa postal.        

“Seu César, aqui é a Odete. O endereço daquela reunião tá errado. O número é 410 como eu falei, mas o nome da rua é outro: é rua Sociedade Brasileira. Desculpe, eu me confundi com a agenda...”

CRiga.