(fotos de Flávio Costa)
Vivo como
que finjo –
as
histórias que contei
irão se
perder no pó das gavetas.
Não farei
história.
Finjo que
tudo bem –
as memórias
que forjei
são meros
melodramas
que não
convencem mais ninguém.
Não quero
convencer,
talvez apenas
o reconhecer.
E este "apenas" é muito, então –
sei que as parcas
letras
não assinaram
teu diploma,
e o terno,
na goma,
não é aquele
mesmo que descrevi um dia.
Apenas um
dia quente
lá naquele Planalto Central.
Não adianta
lembrar-te a história.
Antes
daquela tempestade
era o
dezembro uma terna despedida –
“até um dia,
por aí...”
Apenas um
dia de chuva
aqui no
Centro de Barueri.
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