segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

...o infinito!


Enquanto digo que leio Drummond
acho que você lê nos meus lábios
que eu queria mesmo
era roubar um beijo teu.

Roubar, não...
Talvez entre o pronunciar de “pito”
e “infinito”,
apenas capturar o teu rosinha batom
num toque (ainda) sem o desejo da carne.

Depois, emprestaria o livro
com a condição de nunca me devolveres
se não quiseres que eu capture novamente
aquele teu beijo antes do infinito.


CRiga.

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