A pior tragédia humana
é a falta
de paixão,
caminho que
leva letárgico
a lugar
algum nessa cidade.
É a pior
tempestade a falta de paixão,
coração que
pulsa teimoso
sobrevivente
amargo na metrópole.
É a pior
cidade do cosmos,
passo
descompassado falciforme,
fome de
viver a mil!
A falta que
faz a paixão
derruba o
homem mendigo de calçada,
faz da
carcaça arte falsa pós modernista,
pós porra nenhuma,
pó sobre o
sobretudo negro
do vampiro
que quer sangrar.
É a pior
história a falta de paixão
ficção, biografia, best-seller
sem começo,
meio, fim.
É inventar
esquinas lisérgicas,
repletas de
amores disfarçados
da multidão
que você faz parte.
É estar tão
perdido
com velhos
e bons mapas às mãos,
e negar o
caminho reto
porque você simplesmente se acostumou
com paraísos tortos
com paraísos tortos
e anjos
mortos a ressuscitar.
A pior
tragédia, poeta,
é a falta
de paixão.
E pra isso
o remédio amargo
é
sobreviver fingindo sentir a dor
que deveras
queria sentir.
CRiga.
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