Faca
pontiaguda
fura –
certeira –
quem deixa
à mostra
o peito nu.
Facão de
fio
decepa – às
vezes –
quem lustra
o pescoço
e abusa da
garganta.
Faca fere –
de leve –
quem
atrasa,
quem aperta
o passo
apenas
seguindo as 17 horas.
Facão ceifa
– nem sempre –
a grama
rasa,
corta
pescoços fora da cova
em seus
cemitérios pessoais.
Retratos de
Brasis
crise,
reprise,
explodem os
barris –
nem sempre há
justiça
nem sempre
cai o vagabundo.
Quem se
salva fica com medo,
mas logo o
enredo se repete:
seguem intocáveis,
inabaláveis
em sua santa
e ostensiva
vontade de
fazer nada.
Até que a
próxima faca
comece a
apurar o fio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário