Terrivelmente assolado
por uma
palavra apenas.
Não pela
palavra. É por qualquer palavra!
O que falta
é dividir dores incomunicáveis –
os jornais de
amanhã não publicarão sentimentos.
A procura
sempre cansa,
falta tempo
de colher do teu sorriso
um por que
dizer das coisas belas.
Eu me
recolho,
um olho no
sangue que corre
outro no
moribundo que não morre.
Uma mão escrevendo
receitas de bolo
nos espaços
em branco do jornal;
outra segurando
a tecla ON
do equipamento
de respiração.
São dias de
criatividade ao contrário,
apenas gritos
abafados, nada construirá.
Falta tempo
de colher da tua doce distração
um por que
fugir a tempo de não me tornar
apenas
pedra peso
para papéis desimportantes.
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