quarta-feira, 24 de agosto de 2016

To be or not to rose


Havia o soul e o samba
a rosa e a menina
o doce perder-se
o doce reencontrar-se,

o riso
o choro
o filho
o feto.

Havia nunca o beijo
e permaneceu a lenda
dos corações perdidos.

Houve a foto
e recortou o rosto
feito bússola pro futuro.

Houve dois caminhos
duas noites morenas

a chance
a certeza
a loucura
a coca-cola

a cerveja
o café

a rosa com espinhos
e o rosário com promessas.

E havia sobretudo
o amor que roubava rosas
pelos invernos da imprecisão.

Um dia havia de fundar primaveras
colhendo rosas de bem-me-quer.

Ser ou não ser, eis as rosas –
implacáveis são as estações.

CRiga.

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