Você me
chama nos sinais,
mas a vida
é isso o que te acontece
assim, nem
menos e nem mais.
São os anos
que se passam –
o drops de
cereja que acabou,
o surrado
jeans guardado
junto ao velho
all star vermelho
no fundo do
guarda-roupa mofado.
Uma foto
desbotada
uma carta,
um perfume.
A data de
aniversário,
a música
que gosta.
Há sinais
que ficam marcados
feito tatuagem
marginal,
ou riscados
na escrivaninha de cedro
abandonada
no porão.
Cabe apenas
colocar melodia,
nova
canção, velho tema.
No walkman
quebrado
o cassete
enroscado
terá
vontade de rodar.
Roda a
cidade, meu amor,
há uma canção já pronta
em cada
estação
onde a
gente se encontrou.
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