quinta-feira, 16 de junho de 2016

Pólvora e hortelã


A veia nas ruas do Rio
urra sangue de Sampa
passa frio nas pontes do sul
e é explorada virginal
nas baías do nordeste.

Homens têm poder,
mas um deus é que tem a força...
com sua paciência onipresente
ele só assiste a tríades fatais.

Um caixeiro viajante desvia das balas
e leva a hortelã pras crianças da favela.
O Brasil ainda vive,
o sorveteiro ainda vende o sorvete
e o traficante ainda vende sua droga.

A esperança está no caixeiro que volta
destas esquinas muito loucas,
trazendo a bala de hortelã 
com o doce sabor de redenção.

CRiga.


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