sexta-feira, 3 de junho de 2016

Luz no fim



Sinais que falam alto,
avisos de caveira num sonho estranho.

Depois de morto pela tirana justiça
você foi deixado vivo, envergonhado,
deitado no solo frio
pela Luz que chegou atrasada.
E você só perguntava, atordoado, 
à sua mãe figura sem contorno
qual era mesmo o caminho daquele céu.

Mas você reviveu para espiar seus erros,
pra desapodrecer,
ressuscitar os mortos que você deixou
e recriar-se talvez poeta-luz-de-vagalume
recitando roucas preces cósmicas:

“Quem tem fé
com letras cura.
Quem tem cura,
por favor,
me dê apenas uma…”

CRiga.

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