Você morena
na areia dum verão,
eu farol
vigiando adultos navegantes.
Não pude
fazer brilhar mais tua cor
e minha dor
foi como o apito dum navio
deixando no
cais sozinho o marinheiro
sem roupa,
sem dinheiro,
sem alma e
coração.
Quis gritar
que as ondas levaram tua presença
e teu
cheiro de chuva de verão,
mas o mar
não me deixou mentir,
e você
morena sozinha
perdida na areia da praia
chorou
quando o verão acabou.
E eu farol
segui salvando náufragos
morrendo uma estação de cada vez.
CRiga.
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