sexta-feira, 10 de junho de 2016

Agora (ou nunca)!

Estamos nós somente à mesa agora,
este palco de atores sem hora.

Podemos assim dizer o que for
destruir tortos planos divinos
desafiar olhares, desafinar no coro
destoar no voo sem nexo
falar sobre sexo e anjos embriagados.

Tocar os dedos frios, nervosos
armar a calma, desarmar a alma
relembrar o imemorial
e arcar com as consequências.

Voar, fugir
fundar uma seita
fingir sermos versos de um deus
ou ateus
ou o que quisermos ser além de nós.

A sós somente nós no mundo agora
podemos então ir embora, ignorar
ou simplesmente sorrir
e consentir.

CRiga.


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