Estamos nós
somente à mesa agora,
este palco
de atores sem hora.
Podemos
assim dizer o que for
destruir
tortos planos divinos
desafiar
olhares, desafinar no coro
destoar no
voo sem nexo
falar sobre
sexo e anjos embriagados.
Tocar os dedos
frios, nervosos
armar a
calma, desarmar a alma
relembrar o
imemorial
e arcar com
as consequências.
Voar, fugir
fundar uma
seita
fingir
sermos versos de um deus
ou ateus
ou o que
quisermos ser além de nós.
A sós
somente nós no mundo agora
podemos
então ir embora, ignorar
ou
simplesmente sorrir
e
consentir.
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