segunda-feira, 13 de junho de 2016

Índia


Rondei capitanias procurando teu vestido
entre bananeiras, seringueiras
nas casas dos índios confusos
cafusos.
Oh, meu amor,
onde foi parar teu corpo
sem o vestido chita que te dei
que tirei?...

Da intriga das terras fundei tua capital
nas matas virgens negras
onde não fulguras mais.

Doce cacau, flor de cactos
desmontei a nau
desmenti rumores
e voltei.

De teu sobrara somente
semente na mata verde
donde brotou o amor que fizemos
à relva molhada de um país tropical.

Odiei meu capitão
meu sol, meu destino.
Escrevi com meu sangue
teu nome na mata triste
que era virgem
agora é morta,

e fui embora
mundo afora
sem rumo
sem mais idioma.

CRiga.


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