domingo, 24 de novembro de 2019

Vestimenta do dia


Lapido letras que valem o dia de cada leão morto.
Vejo espíritos refletidos no vidro da sacada.
A censura sobre as letras que não dão dinheiro.
Então me escondo, revejo prazos, e me flagro alma incompleta.
Dedicar-se, quanto tempo pra cada coisa?
Planos me fogem do controle feito areia solta ao vento.

Rápido, letras fogem para marcar o papel!
Leões rugem da cova que eu tapei com o rascunho.
Não havia o sobrenatural pra me assustar, inspirar.
O dia acaba, a noite vem com seu ar de ordinária.
Dedicar-se a que se a calma convém?
Panos de prato secam os pratos.
Roupas de escritório escondem o pranto.

Até a tecla off ainda foge de mim...

CRiga.



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