A paz existe
talvez
acoplada
entre as
pernas de uma virgem
talvez
aplacada
no azul
severo de um vestido
talvez
embriagada
no verde
dissonante de um olhar.
Talvez já
muito próxima do fim
numa canção
baixando preguiçosa
indo embora
devagar no fade out
até a lúcida
surdez corrosiva.
Até a
incapacidade de renová-la
recriá-la
mais bonita
em mais uma
canção.
CRiga.
(Caderno
Azul, 1997)
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