Te
quero versos roubados
feito
poeta queimado
na
santa inquisição.
Te
quero fogo armado até os dentes,
e
você de flor na orelha
e
rosa tatuada no ombro que chorei.
És
minha haitiana prometida
proibida
aos brancos,
sou
caçador de barba ruiva
vindo
de caravelas amaldiçoar-me de ti.
Te
quero porta arrombada,
incenso
e “Because” na vitrola,
porque
o mundo vem girando
e
tua vermelha saia chita, tonta,
me
perde nos novos faróis.
A
música do teu cabelo
quando
o vento bate um rock,
destoa
minha ópera preparada
pra
te invadir entranhas e vestidos.
Te
quero vício incurável
ferido no vinho tinto,
o
seco na boca amarga
fazendo
filhos e história.
Te
quero então, e quero
apenas
esta vida de volta,
minha
história recontada
num
blues de madrugada.
CRiga.
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