quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Bienal


Palavras me roem o calcanhar,
eu caminho sílabas acertando o passo.

Comem pela beirada,
correm licor pelo canto da boca.
Corroem, ácido sulfúrico,
o recheio do bombom.

Palavras se movem se inovando
a cada segundo, eu respiro frases
filtrando a poluição.

Palavras morrem no fim do dia
no fio do cabelo
sibilando baixinho
obrigado
uma poesia.

CRiga.

Nenhum comentário:

Postar um comentário