Provocamos
fogo.
Provocamos
ira.
Mas
às vezes mesmo basta
com
razão e sem sede
pedir
apenas água.
Beber
da água de beber
morrer
um pouco, ceder,
afogado
no mesmo fogo
na
mesma ira,
enquanto
ambos correm soltos
pelo
teu sangue de quebrar espelhos.
Os
cacos eu junto,
quem
sabe meu sangue de juntar teus cacos
jorre
da jugular por bem cortada
e
termine com o circo da tua ira.
Quebrar
espelhos dá azar,
explodi-los
dá muito mais.
No
fogo é proibido queimar,
mas
na ira é permitido magoar.
Daí
pensa-se em quebrar as correntes
em
deixar os cacos cortar.
Não
há mais o bom fogo,
e
na ira não há forma nem conteúdo.
Apenas
a poesia barata,
obrigação
de fim de mês.
CRiga.
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