não
me julga
nem
me faz sofrer.
De
nada adianta a poesia aveludada
que
não diz nada -
não
bate na relva púbere molhada
nem
na batida terra da solidão.
Você
de rosinha estudantil na calçada
com
pressa,
e
eu com saudades dos cravos
na
sua testa.
Haveria
entre as tuas pernas com pressa
a
mão que passeia sabendo aonde vai?
Haveria
entre as minhas mãos tão presas
a
coragem de passear sabendo se perder?
De
nada adianta mesmo, Carlos,
desaveludar
drummondear...
Dessa
púbere poética apenas resta
uma
velha escrivaninha encavada
rangendo
um despolido cedro dentro de nós.
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