Há quem
leva jeito pra torcida organizada. E há quem, infantil, bota gasolina ideológica
na famosa conspiração do fim do mundo.
Há quem
diga que o que “faz falta nesse Brasil tão cheio de certezas é um punhado de
dúvidas”. Há quem diga que ninguém presta, e que por isso nada nem ninguém são
legítimos.
Há quem é
cínico – há quem prefira sair algemado pra posar de coitadinho. Há quem peça
telefone celular de volta não para esconder segredos, mas não ficar sem zap
zap. Há quem leve a sério gente assim.
Há quem vá
caminhar domingo sobre o asfalto mais quente – e há quem queira, no mesmo
domingo diferente, igualmente, dar paulada em muita gente.
Há quem
prefira a letargia. Há quem defenda que “o impeachment não é ‘a’ solução. Mas
não há solução sem impeachment”.
Há quem
ateste veementemente que em tudo há manipulação. Há quem prefira ser
(continuar, então) manipulado.
E há
finalmente quem observa, não torce, evita discutir. Há quem de fato não
acredite em ninguém que se apresenta como salvador. Que detesta torcida
organizada e puritanismo sem objetividade. Há quem de fato sabe que algo precisa
mudar – mas nem artigos nem conversas de gramado vão levar a algum lugar.
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