terça-feira, 8 de março de 2016

Entre artigos e conversas ao gramado


Há quem leva jeito pra torcida organizada. E há quem, infantil, bota gasolina ideológica na famosa conspiração do fim do mundo.

Há quem diga que o que “faz falta nesse Brasil tão cheio de certezas é um punhado de dúvidas”. Há quem diga que ninguém presta, e que por isso nada nem ninguém são legítimos.

Há quem é cínico – há quem prefira sair algemado pra posar de coitadinho. Há quem peça telefone celular de volta não para esconder segredos, mas não ficar sem zap zap. Há quem leve a sério gente assim.

Há quem vá caminhar domingo sobre o asfalto mais quente – e há quem queira, no mesmo domingo diferente, igualmente, dar paulada em muita gente.

Há quem prefira a letargia. Há quem defenda que “o impeachment não é ‘a’ solução. Mas não há solução sem impeachment”.

Há quem ateste veementemente que em tudo há manipulação. Há quem prefira ser (continuar, então) manipulado.

E há finalmente quem observa, não torce, evita discutir. Há quem de fato não acredite em ninguém que se apresenta como salvador. Que detesta torcida organizada e puritanismo sem objetividade. Há quem de fato sabe que algo precisa mudar – mas nem artigos nem conversas de gramado vão levar a algum lugar.

CRiga.



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