sexta-feira, 4 de março de 2016

No meio da avenida da minha vida

Há quereres que guardo sete chaves
não valem mais a pena...
Você me acena, eu não te entendo,
eu tenho pena até de mim.

Cruzo a avenida distraído, de carro,
no rádio uma música dos anos oitenta.
Na faixa em frente você passa, atenta aos carros
e à mão do novo namorado.

No momento exato de eu voltar a te esquecer
você me vê, me acena, menina linda morena!
E volto a me perder, entro na rua errada,
como errada a rua foi a vida inteira.

Você não passou naquela minha rua,
e esta rua já é minha –
esta rua hoje escura avenida
de uma vida de sinais vermelhos.

CRiga.




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