Há quereres
que guardo sete chaves
não valem
mais a pena...
Você me
acena, eu não te entendo,
eu tenho
pena até de mim.
Cruzo a
avenida distraído, de carro,
no rádio
uma música dos anos oitenta.
Na faixa em
frente você passa, atenta aos carros
e à mão do
novo namorado.
No momento
exato de eu voltar a te esquecer
você me vê,
me acena, menina linda morena!
E volto a
me perder, entro na rua errada,
como errada
a rua foi a vida inteira.
Você não
passou naquela minha rua,
e esta rua já
é minha –
esta rua
hoje escura avenida
de uma vida
de sinais vermelhos.
CRiga.
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