É quando,
depois da luta de uma vida, você se encontra confuso, sozinho no meio da sala,
e tem tempo de se lembrar das coisas que esqueceu guardadas.
As coisas...
É quando
você tem certeza que naqueles velhos pertences guardados em pó, esquecidos no
fundo da estante, está a solução para as crises dessa confusa modernidade.
E ao folhear
velhos diários procurando as letras eternas, percebe o quanto têm razão as
juventudes. E que aquela sua juventude, corajosa, eloquente e cheia de vida, simplesmente
não te responde qualquer suspiro confortante.
Quem
unicamente fala contigo é um vento – depois de tanto tempo, você consegue ouvir
sua voz, e ele não sopra mais a primavera de uma vida inteira pela frente. Entre
os frisos da janela fechada à tarde de inverno, ele canta com deboche sobre as
letras eternas que não te servem mais pra nada, simplesmente, nada.
É quando a tão
bem falada experiência apenas lhe dá a ciência da eterna hora certa de se retirar.
CRiga.
Hora certa de chegar a hora...
ResponderExcluirEu sei muito bem o que é isso, meu filho. Estou passando por isso agora. E sem o dinheirinho que, na juventude, guardei para a velhice...
ResponderExcluirEita...queria ter um filho assim!!! Na mosca!!!
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