Escreve muito, o dia inteiro, pulso vermelho
desenfreado. É uma conversa desconexa com qualquer deus ou com demônios que
explodem do inferno dos espetos na sua cabeça.
Que venham as cenas:
Uma garota, uma risada debochada, um olhar qualquer,
uma carta e um buquê vermelho diretos no latão da escola. Choque. Rejeição. A
tempestade quase morta num óculos fundo de garrafa. Mãos puxando loiros
cabelos, apertando o pescoço fino: a garota nunca mais acordou, o garoto nunca
mais dormiu.
Naquela clínica tranquila feito céu dos loucos, espocava
de sua cabeça aqueles poemas sem nexo, até a hora chegar cavalgando dilemas
sobre a mesa. Pulso amarrado apertado não sabia por que, salinha-gaveta quente fedendo a carne queimada. Um espeto na cabeça, algo explodiu - e não era mais um poema…
CRiga.
Pesada e profunda!
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