sexta-feira, 5 de junho de 2020

Sonhando com mortos


Era então aquele mesmo sorriso da juventude que eu perdi. Passou fingindo-se distraída, quando vi teu rosto e os aros pretos me chamando num abraço, num beijo, o brilho! “Tem certeza?”. Eu tinha!

Outro dia voltei a te procurar, agora eu fingindo assuntos importantes. Você deu novamente a luz da graça, agora amiga conversando num sofá de uma casa de um antigamente na sua vila. Mas esperando minha certeza vociferar leões. Tudo ficou bem, apenas uma visita de bons amigos novamente, eu saí triste como naquele corredor da adolescência em que eu disse não.

Desde então não sei – durmo esta vida, acordo sonhando, sobrevivo. Não sei se coloco na vitrola aquela nova música francesa que tem a cara da manhã que não tem você. Ou se falo a língua morta de te fazer vir de novo me visitar, antigo amor num sonho, com gosto de café amargo pela manhã...

CRiga.


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