Não adianta mesmo coçar-se
coisas que
não são tuas.
Níqueis sem
rostos de presidentes
caem dos
bolsos furados –
nada paga a
paz de espírito.
Há um Brasil
que tolhe direitos,
e até ser
simples neste garimpo
custa caro
como o desperdício
na Assembleia
Legislativa.
Há valor às
minhas letras,
não caras nem
bancando
a coluna
social.
Nem raras que
sustentem
o carnê do
falso lar.
Vá lá! – é
preciso mesmo
muita
simplicidade, meu amigo!
Mas não me
venha com “o faxina
que virou
empresário
e até um
deputado!”
O valor que
se paga é pepita d’alma,
a minha alma!
Ladrilha
pedrinha de brilhante
ao meu amor
que não passou.
Se essa rua
se essa rua fosse minha
eu não
vendia, eu não vendia.
As letras
pagam meu cobertor de ouro,
a alma é nua!
Esperança
menina que orbita boba,
solta,
singela num poema.
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