terça-feira, 30 de junho de 2020

Corpo celeste de luz própria


Se é cadente a gente quase nunca vê.
Mas se vê não faz a matemática
e até esquece na manhã seguinte.

Mas quem vai querer mesmo fazer conta
se cresce verruga na ponta do dedo da gente!

Havia uma noite muita gente
deitada na pedra
confundindo-as com vagalume.

Havia um nome e um perfume.
Dalva era minha professora de português.

Havia também Maria
três meninas formando fitinha no céu.

Às vezes se passa de Vênus
sangrando corações desiludidos.

Às vezes se move, é satélite!
Quando chove a gente chora de pena
quando ela grita uma pequena luz.

Na cruz é o cruzeiro.
Tem o falso e o verdadeiro.

Tem aquela que eu te dei!
E tem aquelas
que minha astrologia já exilou por bem.

Tem é todo um tipo de amor.
Porque nunca ouvi ninguém dizer
que não gosta de olhar estrelas.

CRiga.

Nenhum comentário:

Postar um comentário