Eu não tive o
brinquedo que pedi.
Mas vi meu
Noel sem jeito
quando
contava migalhas do seu bolso.
Ele era muito
bravo,
um adulto de
dar dó.
Eu comi o
x-salada que queria,
ela sacou da
condução a ficha no caixa.
No balcão da
lanchonete a coca veio quente
pela metade
oferecida
por um adulto
amigo talvez com dó.
Eu vi meu vô
pelado na sala.
Ele
assoviava, nu com sua dor.
Criança, eu
não sabia
o que era
sentir dó nem sentir dor.
Eu com dó de
mim, matreiro trapaceiro,
minha vó
prometeu me defender:
bola de meia
em cheio, vidraça quebrada!
Mas quando
mamãe chegasse cansada
não brigaria
comigo não.
Dó, ré, mi.
Faz um favor
pra mim?
Canta um sol
melódico
lá naquele
meu futuro melancólico?
Pode ser a
partir de si.
Seja lá o que
for
sem assim
tanto dó de mim.
CRiga.
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