João pergunta
a Maria:
“O que temos
para comer?...”
Maria, seca
no olhar, responde:
“nada, não,
João...”
Eis que os
olhares encontram
o brilho da
colher polida.
Presente de
casamento
de um amigo
que morreu solteiro,
sem pai nem
mãe,
sem ninguém
pra dividir a dor.
E eis que
fala Maria a João:
“Te amo,
mesmo assim...”
E João,
molhado o olhar, responde:
“Te amo
também, pra sempre!...”
CRiga.
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