sábado, 11 de maio de 2019

Agora (ou nunca!)


Estamos nós somente à mesa agora
este palco de atores sem hora.

Podemos assim dizer o que for
destruir tortos planos divinos
desafiar olhares, desafinar no coro
destoar no voo sem nexo
falar sobre sexo e anjos embriagados.

Tocar os dedos frios nervosos
armar a calma, desarmar a alma
relembrar o imemorial
e arcar com as consequências.

Voar, fugir
fundar uma seita
fingir sermos versos de um deus
ou ateus
ou o que quisermos ser além de nós.

A sós somente nós no mundo agora.
Podemos então ir embora, ignorar –
ou simplesmente sorrir
e consentir.

CRiga.

Nenhum comentário:

Postar um comentário