Rimei Rosa Maria e o anel
com um bordel
muito velho
no centro da
cidade.
Precisava
correr dos faróis
porque tua
aliança rolou na avenida
até um bueiro
mais abrigo.
Remei na rota
quebrada
água suja
corrente na sarjeta.
Chovia
horrores naquela noite.
E Maria no
bordel amigo me deu de presente
uma rosa sem
nome
e seu umbigo
pra me esconder do mundo.
Rumei entre
suas pernas como rumasse
a lugar
qualquer que não fosse guerra.
Eu só queria
poder chorar naquela noite
uma rima
pobre de qualquer verso meu.
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