Tem gente que
tanto espera
e que humano
não emperra na esperança?
Diz esperar
pela hora certa
e que porra
de hora é essa
que nunca é a
tal da agá?
Empresta
sonhos e aposenta outros.
Estanca o
sangue vermelho dos desejos,
senta e
espera.
E o telefone
não toca.
E os sonhos e
os desejos passam sorrindo,
e você
sentado esperando resposta.
Não levanta,
não aposta,
não se coça,
abraça o escuro.
De
lugares-comuns restamos pós de estante
esperando uma
brisa nos carregar,
acomodar em qualquer
outro lugar.
Mas que do pó
restemos em pé!
Caminhar o
caminho sem hora
até a hora
certa, de certo, ser vencida.
Quando não há
hora certa de saber,
essa latitude
que tentamos para negar o solo
mata sementes
que deveríamos plantar.
Não quero
matar, nem esperar.
Quero pular
do alto do penhasco, poder voar.
Quero plantar,
sacudir o pó dos ombros,
eu quero
fugir, eu quero chorar.
Tem gente que
tanto emperra
e que humano
não espera desemperrar?
CRiga.
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