O ártico na boca do estômago é
simplesmente te ver chegar, e chegou, com atraso, um arraso entrando na sala! A
aula passa, eu olho, você conversa, a professora chama sua atenção. Você apenas
sorri, recolhe o corpo à carteira e finge que não foi com você. Foi pra mim que
sorriu? Acho que sim! Acho que não… A aula passa arrastada, eu engulo seco esse
correr rápido demais do meu coração. Finalmente o sino bate, é hora do recreio:
agora é fogo gelado no peito, a espera, a ansiedade, o bilhete escondido na
mochila, ninguém vai ver. Saio à sua procura, eu trouxe um lanche a mais pra
dividir e você só anda dando voltas no pátio junto a colegas, não para nem prum
oi. Na volta, em fila pra sala, todos sentam e eu só continuo olhando pra você. Esperança: trabalho em grupo! Cruzo os dedos, é a professora que vai montar – não ficamos
juntos, será que um dia vamos ficar? Seus dedos passeiam por dentro da mochila
procurando não sei o quê, desfilam, reviram, puxam o caderno e lá se vai meu
bilhetinho ao chão... Um “não...” sai meio surdo da minha boca, a
professora observa, pergunta o que foi. Não foi, professora. Talvez nunca
será...
CRiga.
Que doce!!!!😍😘
ResponderExcluir