quinta-feira, 6 de abril de 2017

So I start a revolution from my bed


Decidi negar a cama amargura,
aquela que não quer te largar.

Botei roupa de guerra
e me armei do caderninho.
Lembrei-me de um lugar-destino
e um bom assunto pra esparramar
(assunto mesmo de mesa de bar).

Cheguei veterano apagado
como quem queria apenas um olhar.
Fiz perguntas, estranharam.
Anotei, fui embora.

Sem querências entreguei
as respostas ao correio
de quem quer falar mais alto.

Eu sou da guerra, eu sei
maremotear a calmaria.
Então me reentreguei a meu destino!

Depois disso houve show.
Só queriam, como antes, me responder.
E outros me seguiram, me sorriram
dando asas a uma revolução –
qualquer tipo, não importa.

O importante é sentir o sangue quente
vermelho correndo as veias,
em vez da maresia morna
que afoga aos poucos o talento.

CRiga.

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