Não há
crime o caleidoscópio mirar
a doce psicodelia
das cores da rede
que esvoaça
à varanda em Piraju.
Dia vinte e
sete deste ano –
pra quem
enxerga mapas de inferno astral
eu vejo
quarenta e duas opções
de não
morrer sem ter escrito um livro
ter plantado
uma árvore, ter um filho.
Os clichês
são belos, amarelos
verdes anis
brancos e uma ordem:
falta chão
nesse quarenta e dois!
Há quarenta
e duas mil cores,
elas brilham
no fim da tarde outono.
E o que me
incomoda mais, poeta,
neste
restim besta de vivência,
é amigo meu
eleger a rima pobre
e só
enxergar sobrevivência!
A gente
pode tanta coisa, meu amor,
até sonhar
com rede, rima, cor, caminho.
Me dá carinho,
a senha entre as tuas pernas,
eternas pernas
de inaugurar histórias.
CRiga.
Parabéns antecipados pelo aniversário do poeta 27!
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