A banqueta
do músico está vazia
e o velho órgão
musicaliza sozinho,
devagar, a
música do mistério.
Na imensa catedral
dest´alma
o belo
instrumento dita silábico
enervante, um
ritmo tão amargurado.
É como se
no ventre frio o feto
se desanimasse,
ajoelhado,
é longa a missão
a cumprir.
A hora é de
oração ao coração ateu,
mas o altar
continua opulento demais.
Minha hóstia
é craquelenta, secou o corpo,
o menu não
inclui o sangue cabernet.
É preciso uma
parada ao sacramento,
assumir o
ódio, a maldita terapia.
O confessionário
aqui guardado
está fechado,
fitas amarelas da polícia.
Eu
assassinei há muito tempo
o pastor, o
carpinteiro
e o
cientista.
CRiga.
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