sexta-feira, 21 de junho de 2024

Corda bamba

 


Às vezes a vida é dura, pendura uma peça.
Quem tem pressa também tem preço.

O cigarro aceso, o arco teso
Esperando a fácil presa.

A farsa e o farsante
O sangue
O corante.

Às vezes a gente corre
Morre dormindo
Sonhando com vida melhor.

Quem tem preço tem pressa
Porque a farsa cessa, o sangue cora
O farsante chora.

Às vezes a vida corre fácil feito correnteza.
Leva a certeza no curso de que escura só a noite
Que inspira e vence o medo.

Quem tem pressa também tem medo
Porque a farsa cessa.
No final quem tem preço é quem tem mais medo
De não conseguir chegar.

É a farsa feita verdade universal
Caída morta estirada
Num medíocre ponto final.

CRiga.




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