Às vezes a vida é dura, pendura uma peça.
Quem tem pressa também tem preço.
O cigarro aceso, o arco teso
Esperando a fácil presa.
A farsa e o farsante
O sangue
O corante.
Às vezes a gente corre
Morre dormindo
Sonhando com vida melhor.
Quem tem preço tem pressa
Porque a farsa cessa, o sangue cora
O farsante chora.
Às vezes a vida corre fácil feito correnteza.
Leva a certeza no curso de que escura só a noite
Que inspira e vence o medo.
Quem tem pressa também tem medo
Porque a farsa cessa.
No final quem tem preço é quem tem mais medo
De não conseguir chegar.
É a farsa feita verdade universal
Caída morta estirada
Num medíocre ponto final.
CRiga.
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