Quando
eu finalmente encontrar aquela paz
Haverá
um palavrão roto, raso, engasgado.
Já
terei engolido, mas não aprendido.
Os
sapos viram príncipes no intestino?
Paz
também é relativa.
É
lápide novinha que se desgasta
Na
chuva ácida do abandono.
Aquela
fotinha oval de terninho e gravata
Desbotada
ao lado de uma flor de plástico.
Ninguém
mais sai do conforto da novela
Pra
limpar os restos da vela fedida
Disfarçar
um choro contido
Ressentir
uma dor imemorial.
Quando
eu alcançar aquela paz
Será
tarde demais.
Eu
já serei poeira polida todo dia
Empoeirando
Machucando
Despertando
naquela hora esquecida
Agendada no teu novo celular.
CRiga.
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