segunda-feira, 10 de junho de 2024

A fábula de um amor de um verão qualquer

 


Mariposazinha dentro fazendo rock,
É tudo pose.

O sapo lá do lado de fora tava nem aí,
Amor eterno é essa vida toda efêmera,
Embaixo da sua jaqueta de couro verde.

Mas Mariposa se apaixonou terrivelmente
Na lente da porta de vidro
Entre ela e o impossível.

Quis destruir em cacos feito as cinzas
Das asas cansadas de procurar.
Mary pousa triste. E amanhece deitada
Quase pó no canto da cozinha.

Amor é avesso.
Bate cabeça em vidro que não quebra,
Berra engolindo um seco desencontro
Uma vida inteira apenas por um dia.

CRiga.




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