quarta-feira, 5 de junho de 2024

Corações partidos

 


Despejaram-me água morta no ralo da indiferença.
Bloquearam-me com passaporte à sorte da fronteira.
Derrubaram-me sem capacete da moto em alta velocidade.
Deixaram-me sonolento na cama da vingança de carnaval.

Quando havia mãos dadas eu era castelo do Forte.
Quando viraram-se em adeus virei castelo de areia.
Escorri entre teus dedos, minhas artérias congelaram
Você não viu, mas eu morri nadando até você.

CRiga.




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