sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Me disseram que não podia

 


Arranque d´alma aquele segredo imundo,
limpe-o com uma dose de colírio de gaveta
ou, se necessário à compreensão,
junte primeiro ao trapo de limpar o chão.

Esfregue a velha casa, maltrate as manchas.
E se elas não quiserem ir embora
faça um bolo de amora
à espera do amor bater à porta.

A tua porta que range um abandono secular,
um monstro covarde mofado no canto
com desejos e vontades de te acordar
pra não pecar sozinho na madrugada.

Pode ser o fim ou a libertação.
Árvores secas sentem falta das folhas ao vento.
Na pedra o musgo verde um dia foi água cristalina.
Me ensina a ser o seu normal.

CRiga.




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