quinta-feira, 23 de março de 2017

Tarde de outono


Perdido na tarde do velho outono
conserto – sei –  à linhas nobres
as letras de bons amigos meus.

Corrijo até destinos, reencaixo rumores.
Eu só não queria sentir o frio da tarde
e seu desânimo de fim de vida.

Fazer o que se gosta é bom.
As sombras do tirano me lembram
apenas que não sou mais um robô.

A vida segue, é esta que te acontece –
a avó velinha que morre assim singela.
A torcida por um menino empatar o jogo.
A bronca no garoto que perdeu a hora.

Ainda te amo, garoto. Te amo mulher,
te quero, ainda espero as tuas 17 horas 
finalmente me salvar.

CRiga.


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