Não olhe
pra mim, não me sorria.
Não há sol
nem sina
e eu não
espero mais sinais.
E não é
porque eu quero festa –
o que me
resta é a festa do silêncio
tripudiando
sem serpentina.
Me resta a
resignação, o medo,
este enredo
já perdeu vários carnavais.
Eu não
tenho fome, quero ter o sono
tranquilo
dos bons trabalhadores.
Eu não
tenho voz, quero ter histórias,
minhas
memórias já não servem mais.
Eu não sei
sambar.
Levo mais
jeito pra eremita
do que
folião na alegria
de qualquer
carnaval.
Eu quero
pouco dessa vida,
e sei mais
o que não quero:
eu espero
conquistar a paz
que não
apenas aquela
roubada dos
carnavais.
CRiga.
Nenhum comentário:
Postar um comentário