quarta-feira, 22 de março de 2017

Exorcismo


Não quero as letras de tuas mazelas.
Não quero te dar trela, envelhecer.
Não quero te atribuir estrelas.

Mas insistes me perturbar, diabo de terno,
lobo podre em pele de temente
e brochinho de parlamentar.

Eu não tenho nada, mas tenho tudo
não estando do lado perdido.

Eu não rezo e não engano.
Você ora ferrenho,
engana e se engana.
Simples assim.

Tem gana em iludir
iludir-se, pobre coitado da faxina
que venceu na vida
e perdeu no caráter.

No cateter
da tua fodida personalidade sorridente,
corre apenas água morna –
aquela que nem quente nem fria
só faz vomitar.

Eu preciso de um exorcismo.
Você me plantou as labaredas do inferno
na pele que coça
e um diabo no corpo.

(e eu que fui procurar imagens dos teus vícios
e tantas tantas encontrei...)

CRiga.



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