O som do asfalto molhado
é o mais caro som da
solidão.
É o som que
resgata o garoto que corria
que morria
todo dia
renascia de
vez em quando.
Aquele
garoto sorria
não sabia
bem pra quem.
O som do
pneu contra o asfalto molhado
é a
sinfonia da mais doce melancolia.
É de quando
não havia dia
que o garoto não
queria
ser apenas um garoto.
ser apenas um garoto.
Mas ele
era.
E era uma vez
um garoto.
Não havia
chuva que não fosse amiga.
Não havia
amiga.
Não havia.
Ele havia de ser alguém,
uma ideia
de poesia.
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