quarta-feira, 18 de maio de 2016

Cheiro de asfalto molhado


Havia um garoto perdido que só fazia correr atrás dos ônibus lotados de uma juventude muito confusa. E havia sua poesia. E havia uma menina para quem ele dividiu seus sonhos. Uma chuva confortante. Havia muita música. Poucas descobertas. Não havia fada madrinha nem rei mago.

Sempre quando chove e os pneus dos carros da maturidade rangem no asfalto hoje muito severo, cheiro e som misturam-se na alma querendo resgatar este garoto. É quando pulsa o pulso louco ao som de uma canção nova, adolescente, e nada mais resta senão a festa do silêncio tripudiando sobre o dia amargo.

Sem madrinha fada nem rei mago...

CRiga.

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