Há uma terna
urgência nos teus olhos,
e eu vou
atrás porque deles brotam vistosos
os alimentos
de uma horta reservada no futuro.
Teremos
talvez que levantar um muro
cerca viva,
vamos sobreviver
vendendo o
verde da esperança estampada
num quadrinho
da parede.
Eu te
acompanho porque tudo é possível,
inclusive
mantermos vivas as lagartas
longe das
folhas do maracujá.
É possível
que sejamos então tão fortes
que movamos de
lugar apenas o concreto
deixando as
raízes invadir nosso lugar.
É possível
que a alma encontre abrigo,
que um amigo
venha nos visitar –
cuidado agora
é pra não queimar a lenha
sem teus
olhos pra me alimentar.
CRiga.
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