No futuro, dirão:
“ele tinha um
grande amor”.
Tenho vários.
Ou: “ele
tinha um grande segredo”.
Tenho vários,
também.
Não há nada a
se descobrir assim –
entrelinhas
escolas de
modernismo
entrevista
com amigos e parentes.
Há apenas
palavras.
Pontos.
Vírgulas.
E uma vontade
louca, porém consciente,
de inflamar a
alma novamente
para que ela
se lembre de vez quem é,
de quem é.
E isso cabe a
mim,
a mais
ninguém.
Aqui apenas
deixo a forma –
a alma é o
meu quarto escuro.
Por favor
entre,
mas mantenha
a meia-luz.
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